Normalmente, o colo uterino está tapado por uma mucosidade espessa que serve de barreira para impedir que elementos estranhos penetrem na vagina e possam entrar na cavidade uterina, provocando infecções. Se continuasse tapado durante todo o ciclo menstrual, também os espermatozoides não poderiam penetrar e progredir com facilidade e seria difícil que se verificasse uma gravidez. Para evitar esta situação, o organismo dispõe dum sistema hormonal, que faz com que uns dias antes da ovulação essa mucosidade espessa se fluidifique, e assim, em caso de relações sexuais nesse período, os espermatozoides podem penetrar na vagina e fecundar o óvulo.
A mulher pode reconhecer esta alteração da fluidez da mucosidade do colo uterino e, desta forma, saber com dois ou três dias de antecedência quando se irá dar a ovulação. Assim, para evitar uma gravidez, bastará abster-se de relações sexuais a partir do momento em que notar essa fluidificação do muco cervical e até seis ou sete dias depois desse momento.
Que eficácia tem o método do muco cervical ou de Billings?
Em amplos estudos realizados ultimamente e publicados em prestigiadas revistas de Medicina, pode verificar-se que a fiabilidade do método é de cerca de 96,5%.
A Organização Mundial de Saúde estabeleceu que, quando se utiliza correctamente, a sua fiabilidade pode chegar a ser da ordem de 97,8%. Isto quer dizer que, por cada cem casais que utilizarem o método, 3 a 4 mulheres num ano, poderiam ficar grávidas. No entanto, quando uma nova gravidez possa trazer um grave risco para a saúde da mãe, ou quando, por quaisquer circunstâncias, se pretenda evitar uma gestação, pode utilizar-se o chamado método duro, que consiste em ter relações sexuais unicamente a partir do sexto-sétimo dia após uma ovulação bem definida. Com este sistema, a segurança do método é praticamente de I00%.
(in La reprodución Humana y su Regulación, de Justo Aznar Lucea e Javier Martínez de Marigorta)
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